Assim
como o existe um equilíbrio para a quantidade de água no organismo, assim
também existe um equilíbrio para a quantidade de matéria do corpo. Toda a
matéria que formou, forma ou ainda irá formar o seu corpo, veio ou virá da sua
alimentação. Sendo assim, os nutrientes dos alimentos são usados pelo organismo
de três formas:
1-
para serem quebrados e fornecerem energia;
2-
para recomporem partes do corpo que estão envelhecidas ou estragadas (trocar
células velhas ou estragadas por células novas – por exemplo, cicatrização de
feridas, trocar a pele queimada de sol).
3-
para o crescimento com formação de mais ossos, músculos, cartilagens e pele.
Em
todos os casos, são gerados resíduos que são partes dessa matéria dos alimentos
que o corpo não irá precisar, eliminando nas fezes, urina, no suor e na
respiração. Mesmo as partes velhas e estragadas no corpo, que foram repostas
por células novas, são eliminadas principalmente pela urina.
A
eliminação de resíduos pelas fezes: dos alimentos que ingerimos e, que o
nosso estômago quebra em porções menores, uma parte será absorvida no intestino
caindo na corrente sanguínea, sendo levada até as células para ser utilizada
para fornecer energia, recompor pedaços do corpo ou crescer. A outra parte
ficará no intestino formando o bolo fecal, que será eliminado na forma de
fezes. No entanto, o peso do material que sai como fezes é bem menor que o peso
de todo o material ingerido como alimento, devido ao fato de que boa parte de
nossa alimentação é absorvida no intestino. Mas mesmo essa matéria sendo
absorvida diariamente pelo nosso organismo, não engordamos na mesma proporção
que nos alimentamos. Será por quê?
A
eliminação de resíduos pela urina: a urina é uma solução, já que nela estão
presentes a água retirada do excesso que se encontra em nosso organismo e os
solutos que dão cor amarelada ao líquido. Os solutos da urina têm sua origem
principalmente dos nossos órgãos e tecidos. Isso porque diariamente o nosso
corpo sofre reparos em sua estrutura: células velhas são destruídas e dão
espaço para células novas, formadas a partir dos nutrientes de nossa
alimentação. Os restos das células destruídas são liberados pela urina.
A
eliminação de resíduos pela respiração: o ar que liberamos na atmosfera é
formado por moléculas de gás carbônico (CO2), gás que possui 3
átomos e portanto um certo peso. Na respiração, absorvemos moléculas de gás
oxigênio (O2), que possui 2 átomos e, portanto, um peso menor do que
as moléculas de gás carbônico. Isso
significa que a cada respiração – uma inspiração e uma expiração – eliminamos
mais matéria do que absorvemos, concordam? E é essa a razão para não
engordarmos na mesma proporção que nos alimentamos. O gás carbônico liberado
possui um átomo a mais que o gás oxigênio absorvido, sendo este átomo do
elemento carbono. Estudamos na respiração dos seres vivos que o gás oxigênio
reage com as moléculas de glicose, quebrando-as para liberar energia, CO2
e H2O. O carbono eliminado na expiração vem dessa quebra da molécula
de glicose de forma que boa parte da matéria dos alimentos absorvida no
intestino é eliminada através da respiração. Entendeu agora o porquê de não
engordarmos na mesma proporção que nos alimentamos? A matéria dos alimentos,
quando não é eliminado no bolo fecal é eliminada na expiração na forma de gás
carbônico, sendo a respiração a principal forma de eliminar matéria no corpo
humano, mantendo o equilíbrio de massa.
Mas
por que às vezes engordamos, adquirindo massa na forma de gordura? A respiração
elimina matéria proveniente da quebra da glicose para a obtenção de energia.
Essa quebra da glicose só irá acontecer se nosso organismo precisar de energia
para realizar atividades. Caso seu gasto energético estiver baixo (vida
sedentária, por exemplo), a quebra da glicose não será máxima e essa molécula
começará a ser guardada pelo seu organismo na forma de gordura, uma reserva
para o futuro, caso falte alimento, ou caso seu gasto energético aumente (você
começa a fazer mais exercícios físicos).